Lançamento do livro "A Menina Que Colecionava Borboletas"

sábado, 8 de fevereiro de 2014


Desculpa, mas tenho que dizer: ontem foi o melhor dia da minha vida.
 O motivo? Eu fui ao lançamento do novo livro da minha maior inspiração: Bruna Vieira. 
 Digamos que, foi um dia louco. Vou contar pra vocês minha (louca) experiência como fã. 
 Como vocês já devem saber, eu amo muito a Bruna. Ela me ajudou a superar as barreiras de uma crise existencial sou-inútil-e-não-tenho-motivo-pra-viver. Isso foi há não faz muito tempo, mas graças a ela, descobri algo que eu realmente sei fazer e amo: escrever.
 Mas, pulando essa parte toda, vamos nos dirigir para a manhã do grande dia.
 Saí de Santos às 9:00 e cheguei ao local do evento após três longas horas de viagem. Minha senha foi 78 (era pra ter sido na casa dos 60, mas teve todo aquele lance de gente furando fila ou guardando lugar pra meia dúzia de pessoas, mas tudo bem, o importante é que a abracei). Fiquei na fila — quase morrendo — até 17:18. Esse foi o exato horário em que eu a abracei.
 Foram os melhores 30 segundos de minha vida. Um instante de conversa. Poucas palavras que foram decoradas e guardadas em meu coração. Palavras que fizeram a diferença. Fizeram pra mim. 
 Minhas pernas bambeavam, meu coração quase saiu pela boca e eu tremia como nunca aconteceu antes. Se querem saber, estou tremendo só de escrever isso. 
 Uns instantes antes de me abraçar, ela disse suas primeiras palavras direcionadas pra mim:
— Vamos passar um pouquinho de suor — dizia enquanto me abraçava e com tom animado e brincalhão, do jeitinho que ela é. — Obrigada por ter vindo, obrigada. Você lê o blog?
— Leio, todo dia — respondi, totalmente nervosa, porém sem estar acreditando realmente que eu estava ali, e ela estava na minha frente.
— Cade o seu nome? — Ela perguntou, folheando o livro à procura de um post-it que estava colado na capa onde dizia meu nome, pra que ela pudesse ler e dar um autografo. 
— Ah, está aqui na capa — respondi, apontando para capa do livro onde se encontrava o tal post-it. 
— Ah, Ana Luiza — meu coração que já não estava em estado normal, piorou quando a ouvi dizer meu nome. 
 Eu não estava acreditando. Eu estava levando um papo — curto, mas não deixa de seu um papo — com minha maior inspiração, minha ídola. Afirmo novamente, eu estava morrendo, eu só não estava pior porque meu cérebro se recusava a acreditar em tudo aquilo.
 — Quantos anos você tem, Ana Luiza?
 — Vou fazer 14 — respondi. Minha voz estava nas mesmas condições que minha respiração. Ofegante. Saía com dificuldade
 — Já começou a ler o livro ou você comprou agora?
 — Acabei de comprar — juro que não sei como saíam tantas palavras de mim naquele momento. Foi difícil dizer alguma coisa, eu mal pensava. 
 — Espero que você goste, aí você me conta depois no twitter se você gostou.
 — Eu tenho muita coisa pra te agradecer, está tudo nessa cartinha — disse enquanto entregava à ela um pedaço de papel enrolado, estilo pergaminho.
— Eba!
 É impressionante, cada palavra que ela dizia, acelerava meu batimento cardíaco, diminuía minha capacidade de formar frases e deixava meu corpo mais tremulo. 
 — Você salvou minha vida, tá? — Não foi exagero. Realmente, estava muito mal antes dela aparecer pra mim e, sem intenção, me mostrar que não sou inútil. 
 — E tem o seu nome aí?
 — Tem, meu nome e meu twitter.
 — Tá, eu vou fazer um vídeo abrindo as cartinhas, aí eu vou abrir essa daqui. Mas eu não vou ler na hora não, só vou falar que é sua, tá bom? — Ela dizia, enquanto assinava.
 — Tá, meu twitter é um fc pra você que você segue, tá?
 — Tá — ela respondeu, e depois beijou meu livro, deixando sua marquinha do batom vermelho tipico de Bruna. — Beijinho.
 — Obrigada — disse, me despedindo dela com mais um abraço que vai ser inesquecível. 
 Não pensem que essa conversa toda foi super normal. Eu mal conseguia falar, e quando saí e fui aguardar minha amiga no corredor de passagem, ao lado da fila, eu mal conseguia ficar em pé.
 Eu tremia, meus joelhos estavam totalmente dobrados, como se eu estivesse caindo e minha respiração continuava saindo com dificuldade. Foi por pouco que eu não desmaiei. Provavelmente, isso teria ocorrido, se não fosse por um grupo de garotas que aguardavam sua vez na fila me chamarem pra me ajudar. 
 — Tudo bem? — Uma delas chamou.
 — Você tá tremula, né? Imagino! — Outra delas disse.
 — Aí, pode me abraçar, me abraça — a primeira disse, ao ver que eu não estava conseguindo me manter de pé, então a abracei. — Como foi?
 — Foi perfeito, ela é muito fofa.
 Uns segundos de conversas a mais, eu quase fui pra enfermaria — uma das mulheres que trabalhava no evento me mandou ir pra lá, ao ver meu estado —, mas preferi não ir. Sabia que ficaria tudo bem. Demorou um pouco pra isso acontecer, mas uma hora eu acalmei.
 E assim foi que aconteceu o melhor dia da minha vida. Menos um sonho pendente pra se realizar, agora. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário